sábado, 28 de novembro de 2009

"O rapaz que chutava porcos"



É desta forma que a jovem escritora Diana Mendonça apresenta esta obra de Tom Baker, um dos livros escolhidos para o nosso projecto:

Título: O Rapaz que Chutava Porcos Autor: Tom Baker Editora: Teorema
Chutar porcos é talvez a mais simples e pequena das bizarras acções de Robert Caligari, a personagem central deste livro, que se prepara para enfrentar o destino nas páginas escritas ao sabor da irreverente imaginação de Tom Baker.
Na contracapa as palavras são simples e sinistras:
“Robert Caligari é um puto de treze anos, absolutamente diabólico, cujo maior prazer consiste em chutar porcos. Depois de um humilhante episódio, que o leitor identificará surpreendido, Robert percebe até que ponto detesta a raça humana. A sua vingança vai ser verdadeiramente terrível.”
A história inicia-se com a afirmação de que aquele é o dia em que a personagem principal vai morrer, e o que inicialmente pode parecer pouco estimulante devido à sua previsibilidade, vai-se transformando no decorrer do texto no alvo de todas as curiosidades. Pensamentos macabros, acções grotescas e frases cheias de humor negro, são os ingredientes principais da trama. Não é preciso detestar a raça humana para compreender a personagem, mas mesmos os mais calmos e optimistas irão delirar com toda a raiva contida na caracterização deste estranho rapaz.
O livro é pequeno e lê-se de uma só vez. Os terríveis planos maquiavelicamente engendrados, sucedem-se uns aos outros num ritmo alucinante, que termina apenas no auge do cumprimento do destino. A personagem morre, tal como foi afirmado no início do livro, e a sua medonha e criativa morte constitui o último pico da história. É grotesco, impressionante, e promete chocar os leitores mais sensíveis. Mas não teria piada se assim não fosse.
Para aqueles que gostaram da última sugestão (A Morte Melancólica do Rapaz Ostra & Outras Histórias, de Tim Burton), este livro é definitivamente algo a não perder. Para os restantes que não são grandes apreciadores do género, se calhar o melhor é mesmo inspirar fundo e arranjar coragem para a leitura. Ou mudam de ideias ou queimam o livro... Uma coisa é certa, não há meios termos nesta história...
Diana Mendonça

Sem comentários:

Enviar um comentário