terça-feira, 29 de junho de 2010

O peixe e a jiboia

Uma jibóia estava a passear no fundo do Pacífico e encontrou um baú que tinha lá dentro biscoitos deliciosos, e queria-os comer. Mas a sua amiga lagosta também queria comer os biscoitos, então como a jibóia era mais forte comeu os biscoitos e deixou um com veneno para a lagosta.
A lagosta comeu o biscoito envenenado e morreu.
A jibóia começou a gozar e continuou a passear no fundo do Pacífico. Ela encontrou um peixe no oceano que lhe atirou uma ostra à cabeça, o peixe começou então a gozar e a jibóia ficou super furiosa e começou a perseguir o peixe pelo oceano. Foi uma perseguição incrível, nadaram tanto, tanto, tanto e, já que o peixe conhecia o oceano inteiro, despistou-a e a jibóia perdeu-se no oceano. O peixe começou a gozar e foi-se embora e a jibóia ficou perdida no oceano Pacífico. A jibóia nunca mais gozou com ninguém…. (NÃO FAÇAS AOS OUTROS O QUE NÃO QUERES QUE TE FAÇAM A TI.)
Rúben, Cassiano, 7º A (Colégio de Campos)

A lagosta e o peixe (Museu das Palavras)


Num dia muito escaldante a lagosta Mariana decidiu ir dar um passeio pelo fundo do mar, quando de repente sentiu o tremer das algas e andou, andou até que encontrou um peixe belo, mas que não parecia estar bem. Então ela foi ter com ele e perguntou:
-O que se está a passar contigo?
-Não sei, dói me muito a barriga.
-Anda comigo até a minha casa, que fica nas rochas. A minha mãe trata de ti.
-Está bem.
E lá foram eles, mas pelo caminho viram um brilho estranho, parecia uma luz ao fundo do túnel, foram lá para ver o que era. Aproximaram-se mas era uma luz muito forte que os encandeava.
-Podiamos ir mais perto! – Disse a lagosta.
-Então vamos.
Andaram, andaram até que descobriram que era uma caixa com pedras preciosas.
-Huau que magnífico! Nunca vi nada assim!
-Eu também não até já não me dói a barriga.
-Vamos levá-la para minha casa?
-Sim é melhor!
Chegando então a casa, Mariana foi logo mostrar á sua mãe.
-Mas são cinco pedras, como as vamos dividi-las. – Disse o peixe.
-Duas para cada um de nós e uma para a minha mãe. – Disse a Mariana.
-Boa ideia!
-Tenho de ir para casa! – Afirmou o peixe.
-Está bem.
-Adeus, até um dia.
-Adeus.
E a partir desse dia mantiveram uma grande amizade, e organizaram passeios para ver se encontravam mais tesouros.
Cristiana / Joana 7º ano A (Colégio de Campos)

Aventura de Rita na praia (Museu das palavras)


Era uma vez uma menina chamada Rita.
Rita estava a brincar no seu quarto e descobriu uma porta secreta.
A porta abriu-se discretamente, Rita assustou-se!
Dentro da porta Rita descobriu uma linda e magnifica praia com mar azul e areia amarela como o sol e leve como uma andorinha.
Rita estava a andar e encontrou uma pequenina e minúscula caixinha de música … Rita deu à corda e dentro da mesma ouvia-se uma melodia muito pequenina e muito mas muito bonita.
Nessa praia em cima de um arbusto cantava um passarito muito alegre e contente, que parecia estar a chamar por ela…
Rita estava muito feliz mas não tinha percebido o que era aquilo e o que estava ali a fazer…
Rita, enquanto ia a cantar pela praia fora, tropeçou num pequeno baú. Rita não hesitou e abriu-o. Dentro do baú só havia jóias, pérolas e muitas outras coisas lindas. Depois ali aparecera um pequeno mas lindo caranguejo falante que lhe estendeu um tapete feito de uma grande e linda jibóia… Eles caminharam sobre o tapete e foram dar ao fundo do mar… Lá encontraram uma ostra linda e branca que não se abria por nada, mas enfim abriu-se e dentro da ostra tinha uma linda pérola brilhante que o caranguejo guardou…
No dia seguinte o caranguejo tinha convidado a menina para lanchar, eles lancharam uns deliciosos biscoitos de milho e o caranguejo deu-lhe uma coroa com a pérola que tinha encontrado no mar… Ela porem percebeu o que era…Rita era a rainha daquela praia e era uma linda boneca de trapos e tinha uns lindos cabelos loiros muito brilhantes.
Rita acordou e viu que tudo não passava de um sonho…             Cristiana Brito 7ºA (Colégio de Campos)

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Assem Joldybayeva - Uma jovem ilustradora de Monção


A rapariga é calada, discreta...mas desenha muito bem. Acontecem estas coisas no "Tásse a ler": Assem ainda não domina a totalmente a nossa lingua mas quis participar com a sua maior expressão...o desenho. Por isso aqui fica esta homenagem. Ora espreitem lá estes desenhos de atmosfera misteriosa.

Mais uma história escrita a partir dos sons...

Catarina Sá - 7ºc - Paredes de Coura

Museu das Palavras em Melgaço

Inventar uma história a partir de objectos expostos? Coisa difícil...talvez não. Aqui ficam os resultados deste desafio lançado aos alunos da Escola Profissional.

Uma noite, fui deitar-me e, como era muita sonhadora, sonhei que estava a brincar numa praia deserta cujas ondas do mar vinham bater nas pedras e na areia, voltando a retroceder depois para o mar. Saiu um bicho gigantesco pelo que fugi e gritei, chorei, corri. Já longe do bicho, brinquei com as conchas, pedrinhas, areias, com a água do mar porque estava feliz por conseguir fugir do bicho. Fiquei a pensar se iria dar um mergulho ao fundo do mar e depois resolvi ir. Lá encontrei várias coisas como peixes que estavam quase a serem mães e havia garrafas de veneno e também caixas com coisas misteriosas, que tinham uma linda música a tocar . Aquele sítio parecia a casa de alguma sereia pois tinha coisas lindas lá dentro. De repente, acordei e tinha um pássaro na minha janela a cantar lindamente.  Soraia Pedro

"O búzio mágico"

Num dia de sol estava a passear pela praia e encontrei um búzio com muitas cores engraçadas. Peguei nele e levei-o comigo para casa, eu chamei uma amiga para ver a maravilha que o mar nos tinha oferecido. Ao chegar à minha amiga, dei-lho para ver se se ouvia alguma coisa. Ela pôs o búzio ao ouvido e disse-me que o som que ouviu era das ondas do mar a subir e a voltar atrás, com um som de uma sereia a cantar. Pensámos que aquela maravilha pertencia a uma sereia e decidimos então devolve-lo ao local onde o encontrámos, pois aquele búzio podia ser um bem precioso ou uma forma de a sereia se comunicar com a sua família.
Depois de o ter-mos entregue ao mar eu e a minha amiga sentimo-nos muito bem pois fizémos uma boa acção, pois nesse búzio estava a sua voz guardada. Xouxa

"O piquenique"

Numa manhã fui para o campo com os meus colegas. Do grupo faziam parte dois rapazes e três raparigas, levamos comida, bebida e montámos a nossa tenda nas areias das margens do rio onde havia muitas conchas e búzios. Saímos da tenda para dar uma caminhada pela floresta e à medida que andávamos ouvíamos um barulho esquisito, pelo que as meninas ficaram a morrer de medo. Apesar disso, continuámos a nossa caminhada até que chegámos a uma quinta onde encontrámos um homem que nos convidou para entrar. No entanto, como tivemos medo, hesitámos em entrar. Apesar de tudo, passado algum tempo, decidimos entrar na casa, que era muito escura e muito “abafada”, pelo que todos ficámos assustados. Então o senhor tentou tranquilizar-nos dizendo-nos para não ter medo e levou-nos para o seu quintal onde tinha muitas cobras de estimação. No regresso a casa, tivemos que atravessar uma montanha, onde se podiam ver muitas Jibóias, que nos assustaram também bastante pois eram muito grandes e vinham atrás de nós, pelo que decidimos começar a correr e só parámos quando algumas meninas já estavam cansadas. Depois de chegar à tenda depreendemo-nos com um cenário dantesco, já que outras jibóias tinham invadido a nossa tenda e destruído tudo o que lá havia. Foi então que um dos rapazes se lembrou que tinha uma navalha no bolso e enchendo-se de coragem decidiu cortar alguns ramos de arvores para fazer “lanças” bem afiadas e assim podermo-nos defender “desses monstros”. Um dos rapazes decidiu então enfrentar-se a uma temível cobra e espetou no seu longo lombo uma das lanças, pelo que passado algum tempo a Jibóia morreu. Quando as outras cobras constataram o falecimento da sua “colega” também temeram pelo mesmo destino e decidiram fugir, ficando assim todo o grupo em segurança. Passadas todas estas peripécias terminámos o dia, felizes e contentes, realizando um piquenique no final. Adérito Tavares

"A poção mágica"

Numa noite fria e assustadora, lá iam eles, Daniel e Filipe, tentando encontrar o caminho para casa, quando avistaram uma casa velha e abandonada, pensaram em fugir, mas alguma coisa os atraia. Espreitaram para dentro de casa e encontraram uma velhota um bocado assustadora que lhes disse:
-Entrai “filhinhos”, entrai!!!
Os meninos aceitando o convite entraram, a velhota estava a cozinhar num tacho muito grande, curiosos os meninos perguntaram:
-O que está a cozinhar?
A velhota respondeu-lhe:
-Estou a fazer uma poção mágica, quem beber fica mais forte e sábio!
Eles pensaram em recusar, mas como estavam cheios de fome acabaram por aceitar. Depois de terem bebido tornaram-se seus escravos, fazendo tudo o que ela lhes mandava. Carina Afonso, Eliana Esteves, Verónica Dias

terça-feira, 8 de junho de 2010

Melgaço: Escola Profissional no "Tásse a Ler"

Os meus amigos da Escola Profissional de Melgaço são gente tranquila, não estão habituados a estas andaças da promoção da escrita e da leitura; de maneira que a sua entrada neste "universo" tem sido gradual e cautelosa...não vão as palavras ter algum efeito descontrolado nesta "terra estranha". Os meus amigos da escola profissional vêm de todo o lado: trazem o azul do mar de São Tomé nos olhos, o sabor da "sucrinha" de Cabo Verde nos lábios, o canto do Açari do Brasil nos ouvidos e a suave textura dos lenços garridos do Minho nas mãos. Eles ainda não sabem o que procuram, apenas buscam. E que melhor lugar no Mundo para encontrar do que uma Biblioteca? Confesso que tenho um carinho especial por estes jovens...revejo-me na sua irreverência e olho com os mesmos olhos interrogativos o Mundo.
O Rui Grácio, editor de Coimbra, quando soube que havia um pequeno grupo de São-Tomenses ofereceu dois livros de Olinda Beja....e a autora enviou beijos aos leitores...

A toca dos contos!

Bem...não temos fotos da sessão de contos no "Coyote" em Monção, mas posso garantir que foi uma tarde bem passada naquele café junto às escolas da vila. Nem que fosse para ver o verador da cultura de Monção com o chapéu "contador de histórias" na cabeça, encarnando uma personagem dos contos com que Thomas Bakk nos encantou. Mas maior desafio estava para vir: contar histórias na "Cova do Leão" em Melgaço! E a coisa correu bem...levámos os livros da biblioteca para lá e começámos a contar histórias. Ainda houve um conviva, um pouco entornado com o belo alvarinho da região que fez ouvir a sua voz ébria...mas a casa estava à cunha, atenta, num convívio onde não faltou o pessoal da Escola Profissional. Como podem ver na foto, até uma amiga grávida (nos ùltimos dias) da equipa da biblioteca municipal veio à "Toca dos contos"!