O projecto esteve aí, no Vale do Minho, as suas maiores testemunhas são os jovens abrangidos pela nossa acção. Senti a sua evolução a cada sessão em que os reencontrei na “Escrita mal comportada”; todos regressavam ao espaço de leitura pública com visível contentamento, afinal a nossa proposta é sempre distinta do curriculum escolar abrindo um espaço de liberdade fundamental para passar o gosto pela leitura. Já sobre o trabalho pontual com turmas CEF e outras sinalizadas nem sempre consigo entender se correu bem, se ficaram sementes; foram sessões pontuais que pela sua extemporaneidade não consigo avaliar sem a ajuda dos meus pares no local. Em todos os Concelhos por onde o “Rio de contos” passou, com mais ou menos público, ficou a sensação de dever cumprido. Thomas Bakk deu o mote irreverente com as suas histórias e eu passei a proximidade com o livro através dos contos, em ambientes pouco habituados à presença da literatura. Uma palavra de apreço para os técnicos que levaram a biblioteca pública à noite dos bares e cafés, disponibilizando livros e outras peças da colecção da biblioteca. Há todo um trabalho invisível de articulação entre biblioteca pública e todas as estruturas onde interviemos, uma coordenação que deve ser mencionada nestas linhas pois dela dependeu muito do sucesso do nosso trabalho. Obrigado.
Uma palavra para um tema que mencionei muitas vezes e que corre em paralelo com as intervenções: a necessidade de um serviço de referência activo, de qualidade; a promoção do livro e da leitura não se faz apenas com acções de mediação (intervenções), ela começa na relação activa estabelecida no balcão de atendimento, seja em biblioteca pública ou biblioteca escolar. Uma atitude pró-activa faz bem à literacia. Identifico esta atitude positiva em algumas bibliotecas com que trabalhei.
O nosso Blog, é testemunha do trabalho e da reflexão, tendo sido consultado por um número significativo de utilizadores. É assim o nosso blog como uma espécie de diário de viagem dando visibilidade às nossas ideias.
Será que conseguimos criar novos leitores?
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